domingo, 11 de março de 2012

eu estou sentada á porta de tua casa.
estou á espera que chegues, para termos uma longa conversa, como todas as noites.
olhas para mim como se eu valesse mais do que tu, como tivesse vindo de um universo paralelo feiti só por mim e para mim.
quando falo, tu páras, escutas-me.
ficas atento ao meu olhar.
abraças-me muitas vezes.
dizes que podiamos viajar pelo Mundo inteiro sem nunca nos desentendermos.
és diferente de mim.
tu desejas tudo, mesmo o que não sabes que é impossível desejar.
eu não peço mais do que estas esperas na porta de tua casa.
somos amigos há uma eternidade, há décadas.
quando será que um de nós vai perceber que já não é assim?
afinal crescemos, somos seres que amam e que desejam e que por isso já nos imaginamos vezes sem conta um na cama do outro.
parece vergonhoso, admitir tal coisa.
é errado.
mas olhares assim nos meus olhos também é errado.
querer ter o meu corpo enconstado ao teu, a maior parte do tempo, também é errado.
queria dizer-te mil vezes que gosto de ti.
dizer-te que penso em ti antes de dormir, porque és a peça mais importante da minha vida.
não gosto de escrever sobre amor, porque não entendo o amor.
sou demasiado fraca para saber lidar com todas as contradições da minha alma.
afligem-me os dias escuros que passo sem ti.
assustam-me as madrugadas que passo contigo.
quando não sabiamos o que queríamos éramos felizes?

e o que queremos agora?

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